Chá de Memória brinda o público com música e temática sobre religiosidade

Evento contou com palestras sobre aspectos da história religiosa alagoana

Foi na tarde desta terça-feira, na sede da APA, em frente ao Porto de Maceió, que a 33ª edição do Chá de Memória, coordenado pelo Gabinete Civil, emocionou a todos que compareceram para conferir  o tema “Aspectos da história religiosa alagoana – 200 anos da Paróquia da Catedral de Maceió (1819 – 2019) ”.

Com direito a apresentação do maestro Luiz Martins, do Centro Universitário Cesmac, o evento foi iniciado com um solo de violino entoando a Oração de São Francisco de Assis e Ave Maria de Gounod. Tudo isso para ofertar ao público uma vasta visão do universo religioso alagoano, com palestras do padre Manoel Henrique de Melo Santana e do professor Álvaro Queiroz.

Trigésima terceira edição do Chá de Memória  emocionou a todos que compareceram para acompanhar    os “Aspectos da história religiosa alagoana” com palestra e música

Na ocasião, os palestrantes Álvaro Queiroz e Manoel Henrique de Melo Santana lançaram e relançaram, respectivamente, as obras “A Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres de Maceió”, de Queiroz, e de “Uma Análise Simbólica de Mitos, Ritos e Prédicas da Religiosidade Popular”, de Henrique de Melo, as duas produzidas pela Editora do Centro Universitário Cesmac.

Na sua abordagem, o professor Álvaro Queiroz fez uma incursão retrospectiva sobre as origens da fundação da Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres, atualmente onde fica situada a Catedral Metropolitana de Maceió; a fundação da paróquia; a construção da nova matriz paroquial e sua inauguração com a presença do Imperador D. Pedro II.

“Essa história da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres tem início ainda no século dezoito, e é aí que se desenvolve o sítio histórico do que conhecemos hoje como a nossa Catedral Metropolitana, localizada bem no coração de Maceió”, destacou Queiroz.

Já o padre Manoel Henrique abordou as expressões religiosas do catolicismo brasileiro e alagoano nas suas variadas matrizes étnicas, culturais e religiosas. Um ‘passeio’ sobre todo o imaginário religioso da população nordestina.  Sobre  a obra que lançou, Manoel Henrique levou ao conhecimento público como produziu sua  tese de doutorado, ao analisar as práticas simbólicas da fé nos mitos, ritos e prédicas presentes na religiosidade popular e sua permanência em Alagoas, abrangendo os séculos XVI – XX.

Compromisso com a divulgação das origens de um povo

A superintendente do Arquivo Público de Alagoas (APA), Wilma Nóbrega, ressaltou que mais uma edição do Chá de Memória reafirma o compromisso do Governo de Alagoas em estreitar os laços culturais e históricos para que a sociedade alagoana tenha cada vez mais acesso a informações importantes sobre suas origens.

“Chegamos à trigésima terceira edição do Chá de Memória muito felizes com a participação das pessoas, que já se tornaram multiplicadoras deste projeto que veio para ficar”, disse a superintendente.    O Chá de Memória visa à dinamização do Arquivo Público de Alagoas com a realização mensal de palestras, mesas redondas e debates sobre os mais variados temas envolvendo pesquisadores, historiadores e a sociedade alagoana. O objetivo do Chá de Memória é socializar o acervo do APA com estudantes, profissionais e pessoas interessadas pelas temáticas abordadas.

Texto Wellington Santos

Álvaro Queiroz, Wilma Nóbrega e Padre Manoel Henrique 

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