ABASTECIMENTO – AMA pede apoio de prefeitos aos caminhoneiros e atenção para a categoria

A reunião, por videoconferência, discutiu formas de abastecimento de alimentos no país

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A presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Pauline Pereira, se reuniu com municipalistas e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, e o Secretário – Executivo Adjunto do Ministério da Infraestrutura, Rodrigo Otávio da Cruz para discutir formas de abastecimento de alimentos no Brasil, após as ações para evitar a disseminação do novo coronavírus.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Haroldi, que coordenou a videoconferência, destacou a importância da comunicação para que os prefeitos sejam orientados, especialmente com relação ao transito dos caminhoneiros para que se garanta o abastecimento em todas as regiões.

Em Alagoas, o governador Renan Filho atendeu a solicitação da AMA e publicou decreto determinando que postos de combustíveis permaneçam abertos oferecendo estrutura mínima a esses profissionais.

A ministra disse que “O Ministério da Agricultura está preocupado em cuidar do abastecimento, pois se a gente ainda tiver que enfrentar esse problema de desabastecimento, vai ficar ainda mais difícil”. Ressaltou que o Ministério, desde o mês de fevereiro, criou grupo para monitorar toda situação e está em parceria com a Infraestrutura para garantir o livre acesso dos transportes.

Sobre as preocupações adotadas pelos representantes do Executivo, Haroldi disse que, no que diz respeito à produção, não se pode parar, pois as pessoas possam continuar tendo alimento em suas mesas. Disse ainda que ”não dá para ficar acusando prefeitos, pois eles estão desesperados nessa situação de calamidade pública. O que falta é orientação. Precisamos conversar com esses gestores e mantê-los informados de toda essa situação”, concluiu.

Em Alagoas, a prefeita Pauline garantiu que não está havendo bloqueio nas rodovias. O que alguns gestores fizeram foi fechar acessos vicinais para evitar o fluxo de pessoas em deslocamento.

Os presidentes das entidades estaduais municipalistas que participaram, também relataram a situação, que praticamente é a mesma em todas as regiões. O presidente da União de Municípios da Bahia (UPB), Eures Brito, quis saber o que o Governo Federal está fazendo para apoiar a agricultura na produção do Brasil nesse momento, principalmente a suspensão dos vetos dos trabalhadores e produtores; a questão de novas linhas de financiamento da produção agrícola; subsídio para o Nordeste, no tocante da agricultura irrigada, entre outros pontos.

Tereza Cristina pediu harmonização nas ações, para que a Polícia e Agência Sanitária falem a mesma língua e ressaltou que desde o plano Safra a prioridade é a pequena agricultura e que os recursos liberados esse ano foi superior ao do que no ano anterior. “O nosso interesse agora é não deixar que a safra se perca na lavoura e para isso nós temos que escolher os que armazenar,  transportar e processar e, também, para isso é necessário harmonização com todos nós”, acrescentou.

Presidente Haroldo Naves da FGM (Federação Goiana de Municípios) esclareceu que sobre essa questão de fechar as divisas, foi feita uma recomendação a todos os municípios de Goiás que não mantivesse fechada as divisas, mas que mantivessem os bloqueios sanitários, o que é totalmente diferente. “A medida foi tomada em conjunto com o Ministério Público Estadual juntamente com a FGM e foi de fundamental importância, pois orientamos todos os prefeitos para manter aberto o agronegócio, a fábrica de rações e tudo mais e vamos encaminhar também não somente aos perfeitos, mas também ao governador, que os restaurantes as margens das rodovias, permaneçam abertos para dar suporte aos motoristas, pois o agronegócio é fundamental para que não tenha um desabastecimento.”disse.

Pedro Henrique Machado, Presidente da AMR (Associação dos Municípios de Roraima), citou que é importante que essas atitudes sejam tomadas, mas, na sua região, estão preocupados com a entrada de pessoas com as barreiras sanitárias e não com os produtos.

O Secretário Rodrigo Infraestrutura lembrou o cuidado com o escoamento da produção de remédios e a vigilância dos gestores para que não aconteçam bloqueios, mas orientou que se continue com as barreiras sanitárias, mas pediu um procedimento específico para os passageiros, assim como o transporte de carga.

É importante que quando se decidir fechar estabelecimentos comerciais, que se observem alternativas para que esses estabelecimentos consigam atender o caminhoneiro e pediu que os gestores interviessem e para que os governadores autorizem o funcionamento de borracharias sobre regime específico de demanda.

O Presidente da FAMURS, Eduardo Freire, disse que vem orientando desde o princípio que seja mantido as atividades vinculadas à produção, as empresas serialistas, as oficinas mecânicas que dão suporte aos nossos agricultores, as borracharias e as lojas de insumos. Estão mantendo o controle com relação a isso, indicando para que todos os prefeitos da região sul façam o mesmo.

Como resultado da reunião ficou deliberado um plano de ação conjunto para evitar o fechamento das estradas, a continuidade das barreiras sanitárias e orientação dos Ministérios para evitar transtornos caso governantes decidam pelo fechamento de estabelecimentos comerciais e rodovias.

Ascom AMA

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