VAZÃO GRADUAL – Deputados tranquilizam moradores ribeirinhos sobre aumento da vazão do rio São Francisco

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Uma carta da Chesf que circula nas redes sociais, chamando a atenção para o aumento da vazão da Usina Hidrelétrica de Xingó de 550 m³/segundo para 1.100 m³/segundo, o que pode colocar em risco a população ribeirinha, foi tema de debate na sessão virtual da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 1º de abril. A carta informa que a partir de hoje, a defluência média diária da usina de Xingó evoluirá para o patamar de 1.100 m³/segundo e alerta para a importância da não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio São Francisco.

O primeiro a falar foi o deputado Francisco Tenório (PMN). Ele esclareceu que o aumento de 550 m³/segundo para 1.100 m³/segundo não deve acontecer de uma única vez , mas de forma gradual. O parlamentar disse ainda que caso esta vazão venha a ocorrer de uma vez, a responsabilidade pelos danos causados será da Agência Nacional de Água (ANA). “Se esta vazão acontecer de forma gradual, como eu acredito que será feito, estará dentro dos padrões suportáveis pelo rio, até porque o São Francisco já teve vazão bem superior a esta anunciada hoje”, destacou o deputado.

O deputado disse que se faz necessário difundir a carta nos meios de comunicação, para que as prefeituras das cidades ribeirinhas retirem os moradores das margens do rio. “Nestes locais, pessoas construíram barracos, fizeram plantações e até criam animais”, afirmou Francisco Tenório.

Também em pronunciamento sobre o assunto, o deputado Inácio Loiola (PDT) tranquilizou a população ribeirinha. O parlamentar disse que o aumento da vazão é em decorrência das chuvas que caem nos Estados de Minas Gerais e Bahia, o que resultou num aumento muito grande de água nos reservatórios das hidrelétricas de Três Marias (MG) e em Sobradinho (BA). “Nada disso é motivo de preocupação, porque a vazão mínima ecológica estabelecida pelo Ibama, na época da construção de Xingó, é de 1.350 m³/segundo. Nem esta vazão mínima acontecia nos últimos anos. Estive em contato com a Chesf, que nos garantiu que qualquer anormalidade será informada aos prefeitos e moradores ribeirinhos. Não existe e nem existirá cheia com esta vazão anunciada”, destacou.

Por fim, o deputado Antonio Albuquerque (PTB) também afirmou que “por enquanto, não há motivo para grandes preocupações em relação a enchentes, já que a vazão mínima para manter a vida ecológica do rio São Francisco é de 1.350 metros cúbicos por segundo. Esta vazão não precisa causar pânico aos moradores ribeirinhos”.

Comunicação ALE-AL

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