É GUERRA? – EUA enviam navios de combate ao tráfico de drogas próximo à Venezuela

Foi oferecida recompensa por informações que levem a captura de Nicolás Maduro, acusado de comandar um regime narcoterrorista

Foto: Reprodução

Na última quarta-feira, (1), o presidente Donald Trump anunciou, por meio de uma coletiva sobre o coronavírus, o envio de navios da Marinha em direção à Venezuela para reforçar operações de combate ao narcotráfico no Caribe.

“Não devemos deixar que os cartéis de drogas explorem a pandemia para ameaçar vidas americanas”, disse Trump. “Em cooperação com as 22 nações parceiras, o Comando Sul dos EUA aumentará a vigilância, interceptação e apreensão de remessas de drogas e fornecerá apoio adicional aos esforços de erradicação, que estão ocorrendo agora a um ritmo recorde”.

O governo pretende aumentar os recursos militares na região, entre eles, destróieres, navios de combate costeiro, embarcações da Guarda Costeira americana, aviões-espiões e helicópteros da Força Aérea. Isso representa quase o dobro de agentes antinarcóticos dos EUA no Hemisfério Ocidental, que hoje tem forças que operam no Caribe e no Pacífico oriental.

A missão das forças militares americanas será a de combater o narcotráfico na região e se tornou mais relevante após os EUA acusarem formalmente o ditador Nicolás Maduro de transformar a Venezuela em um estado narcoterrorista e de anunciarem uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levem à prisão do ditador.

Acusação contra Maduro

O Departamento de Justiça dos EUA apresentou acusações criminais contra Maduro e outras autoridades venezuelanas no dia 26 de março. Eles acusam o venezuelano de envolvimento com narcotráfico, sendo responsável por contrabandear até 250 toneladas de cocaína por ano para os EUA, cerca da metade por via marítima.

São acusados, também, de “terem participado de uma associação criminosa que envolve uma organização terrorista extremamente violenta, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e de um esforço para inundar os Estados Unidos com cocaína”, afirmou o procurador-geral americano William Barr.

A acusação é uma ação rara dos EUA contra um chefe de Estado e marca uma grave escalada contra Maduro por Washington, num momento em que algumas autoridades americanas apontam que o presidente Donald Trump está cada vez mais frustrado com os resultados de sua política na Venezuela.

Maduro rejeitou as acusações. “Há uma conspiração dos Estados Unidos e da Colômbia e eles deram a ordem de encher a Venezuela de violência”, disse no Twitter. “Como chefe de Estado, sou obrigado a defender a paz e a estabilidade em toda a pátria, sob quaisquer circunstâncias”.

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